Thursday, February 14, 2008

Fretilin processa quem distribuiu panfletos acusando-a de ter encomendado morte de Horta e Xanana - Alkatiri

Díli, 14 Fev (Lusa) - A Fretilin anunciou hoje que vai processar três cidadãos locais por alegadamente distribuírem panfletos em que o partido político é acusado de ter contratado a morte de Ramos Horta e Xanana Gusmão ao grupo de Alfredo Reinado.

"Sabemos e temos provas de que as senhoras Amélia Saldanha e Ana Lourenço Guterres distribuíram os panfletos através da Internet e que o senhor Ricardo Nheu distribuiu os mesmos panfletos à mão", disse Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin, ao salientar também que "outros nomes irão surgir" e as pessoas processadas pelos advogados que já estão a trabalhar no caso.

"Primeiro nem tínhamos os 10 milhões de dólares (6,8 milhões de euros) para pagar (dos quais 20 por cento teriam sido pagos no acto de contrato) e depois até fomos a única força política a condenar os ataques de segunda-feira contra o Estado, contra duas figuras do Estado e estaremos sempre contra qualquer tentativa que tenha como objectivo ferir os órgãos de soberania", disse Mari Alkatiri.

O responsável salientou que a Fretilin "nunca resolveu problemas com recurso à violência", negou qualquer veracidade das acusações feitas e garantiu que tudo "não passa de mais um boato com objectivos obscuros que pretendem provocar mais instabilidade".

O secretário-geral da Fretilin salientou também que os ataques liderados por Alfredo Reinado na segunda-feira não podem ser vistos como tentativas de homicídio contra Ramos Horta ou Xanana Gusmão mas sim "contra o Presidente da República e contra o primeiro-ministro".

Francisco Guterres "Lu Olo", presidente da Fretilin, disse por sua vez que os boatos sobre o alegado pagamento a Alfredo Reinado, que segundo o partido surgem hoje referidos nas edições dos jornais Sydney Morning Herald, da Austrália, e Jawa Post, da Indonésia, visam "denegrir a imagem do partido e do seu secretário-geral e apenas merecem condenação e repúdio por serem uma mentira fabricada".

A agência Lusa tentou, sem êxito, contactar as pessoas visadas por Mari Alkatiri na conferência de imprensa.



JCS/PRM

Lusa/Fim

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