Lisboa, 21 Fev (Lusa) - O governo timorense vai pedir ao Parlamento Nacional o prolongamento do estado de sítio por mais 30 dias, de acordo com um segundo comunicado divulgado hoje em Díli, na sequência do da reunião extraordinária do Conselho de Ministros.
Horas antes, num primeiro comunicado, o governo timorense tinha salientado que "a situação de acalmia que o país tem vivido nos últimos dias não pode fazer esquecer que os elementos do grupo que atentou gravemente contra a ordem constitucional democrática de Timor-Leste continuam à solta e impunes".
"A continuação da liberdade deste grupo criminoso prolonga uma situação de ameaça muito séria aos órgãos de soberania e à população em geral que não pode nem deve continuar", acrescenta-se nesse primeiro comunicado sobre os motivos do pedido do Governo liderado por Xanana Gusmão ao Presidente da República interino, Fernando "La Sama" de Araújo.
O estado de sítio foi instaurado na sequência dos atentados do passado dia 11, em que o Presidente da República, José Ramos-Horta, foi gravemente ferido a tiro, e o primeiro-ministro, alvo do segundo ataque, saiu ileso.
O estado de sítio foi decretado inicialmente por 48 horas, mas depois foi prolongado por mais dez dias, até 23 de Fevereiro.
Actualmente, o estado de sítio prevê o recolher obrigatório entre as 20:00 horas e as 06:00 horas.
O Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa e Segurança, órgãos que constitucionalmente têm obrigatoriamente que se pronunciar sobre a instauração e prorrogação do estado de sítio, reúnem-se na sexta-feira para se pronunciarem sobre este pedido e o Parlamento deverá reunir-se em seguida, embora não tenha ainda sessão marcada.
O pedido de extensão do estado de sítio, se for aprovado no Parlamento, deverá modificar as horas de recolher obrigatório para o período entre as 22:00 e as 06:00, segundo fonte oficial do Governo.
EL/PRM.
Lusa/Fim
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